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Samuel Júnior se Declara ‘à Disposição’ da Oposição na AL-BA e Aponta Fragilidade do Grupo: ‘Em Cima do Muro, é Mais Fácil Levar Pedrada dos Dois Lados?

“Eu digo sempre que tudo na vida é você ser útil. Eu exercer um cargo de liderança, sem utilidade, eu deixo para outro”, declarou Samuel.
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

O deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos) afirmou estar à disposição para dialogar sobre uma eventual ascensão à liderança da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Em entrevista ao Projeto Prisma nesta segunda-feira (14), o parlamentar declarou que seu foco está em ser útil ao grupo político ao qual pertence, e fez uma análise franca sobre os desafios enfrentados pela oposição no parlamento baiano.

“Eu digo sempre que tudo na vida é você ser útil. Eu exercer um cargo de liderança, sem utilidade, eu deixo para outro”, declarou Samuel. Atualmente ocupando o cargo de 1º secretário da Mesa Diretora da AL-BA, o deputado explicou que, devido ao regimento interno, está impedido de disputar a liderança da oposição nos próximos dois anos. “O combinado é que nos próximos dois anos eu não posso disputar porque estou na Mesa. Na liderança, o deputado Alan Sanches ficou dois anos, e agora é a vez de outro colega.”

Apesar da limitação momentânea, Samuel Júnior não descarta assumir a liderança em um futuro mandato. “A partir do resultado da eleição de 2027, se as pessoas me reconduzirem à Assembleia, espero não continuar mais na oposição. Não que eu mude de lado, mas espero que o governo mude de lado, porque eu estou cansado de ser oposição”, afirmou.

O deputado também comentou sobre a dinâmica interna da bancada oposicionista, que atualmente possui 19 integrantes, frente aos 44 parlamentares da base governista. Segundo ele, nem sempre a oposição consegue manter sua totalidade nas votações, o que dificulta a articulação política. “Às vezes, alguns dos 19 nem sempre acompanham o grupo, mas se tem uma coisa que eu respeito é a posição do cara. Só acho que, no contexto político, quando você fica em cima do muro, é mais fácil levar pedrada dos dois lados”, disparou.

Sobre sua relação com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), Samuel foi categórico ao afirmar que, apesar das divergências políticas, mantém o respeito institucional. “O governador da Bahia, mesmo sem o meu voto, é Jerônimo, então eu preciso respeitar ele. Agora, eu preciso dizer ao governador: ‘Eu tenho lado. Vou respeitar o senhor como cidadão e como autoridade, mas como político nós temos as nossas divergências e, dentro delas, farei críticas à sua gestão’.”

Por fim, o deputado lamentou o que considera uma oposição fragilizada, ressaltando que muitos colegas que chegaram com disposição acabaram desanimando diante da força do governo. “O governo, quando vai para cima, atropela. E a gente tem uma oposição fragilizada. Uns chegaram com muita vontade, e quando foram vendo a situação, foram esfriando.”

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