Os púlpitos das igrejas têm deixado de ser lugar de respeito e santidade e se tornado o palco de boca-sujas nojentos expressarem seu ódio, suas indignações e suas vidas mal resolvidas.
Na ânsia de movimentarem suas imagens na internet e de serem o alvo dos comentários, os “pastores” têm se endiabrado com suas opiniões, que não mudam a vida de ninguém, senão causando escândalos e tornando o evangelho a cada dia mais sem credibilidade.
Suas declarações raivosas não chegam nem perto do verdadeiro evangelho que transforma vidas. “Não é por força, nem por violência, mas pelo poder do Espírito Santo transformador”.
Mas eles não aprenderam. A maioria nunca teve pastor e, com sua boca suja, mente suja e coração cheio de amargura, assumem o altar para desferir seu descontentamento naqueles que só buscam uma palavra de conforto para o seu coração.
Dessa vez, um determinado “pastor tatuado”, conhecido por declarações diretas e postura sem limites, voltou a movimentar as redes sociais nesta semana. Com quase 500 mil seguidores no Instagram, ele publicou um trecho de uma de suas pregações que provocou reações diversas.
Durante a ministração, o pregador abordou o consumo de pornografia no Brasil, apresentando dados que, segundo ele, revelam padrões comportamentais preocupantes entre os homens evangélicos.
O religioso afirmou que o Brasil está entre os dez países com maior índice de acesso a esse tipo de conteúdo. Ele destacou que 69% dos consumidores são homens, enquanto 31% são mulheres.
Mas na hora de abordar esse tipo de assunto, que diga-se de passagem, é importante falar, a Bíblia deve ser o carro chefe da condução ao ensinamento e o Espírito Santo o convencedor do pecado do homem vai fazer a obra. Segundo ele, 65% dos vídeos assistidos por homens brasileiros têm como foco o universo trans ou travesti.
A partir desse dado, o pregador traçou uma crítica dura ao que chamou de “red pill evangélico”, movimento que propaga uma visão de masculinidade rígida e, muitas vezes, agressiva.
“Se tu és viciado em pornografia, a chance é grande de estar gostando da mesma coisa que a tua mulher gosta”, disse ele, em tom provocativo.
A frase foi seguida por uma citação que, segundo ele, é de autoria de um amigo pastor:
“Tu estás tão gay que tu nem percebeu que gosta é de mandioca.”
Alguns alienados presentes recebeu a fala com gargalhadas, mas nas redes sociais o clima foi outro. Parte do público considerou o discurso ofensivo e pouco sensível ao tratar de temas delicados.
O pastor ainda ironizou o comportamento de quem, segundo ele, não consegue se desvencilhar do vício:
“Tu gosta tanto que só vive com a mão na tua mandioca”, declarou.
A fala polêmica vem poucas semanas após o lançamento oficial de um projeto voltado para ensinar casais cristãos a desenvolverem sua vida sexual com base nos princípios bíblicos.
Diante disso meus irmão fico a pensar, com tantas igrejas, o que leva um Homem de Deus se agregar num ambiente desses com sua família para ouvir esse tipo de conteúdo mal ensinado?
Finalizo fazendo mensão de um outro pastor que no púlpito tinha comportamento semelhante e derrepente aparece pedindo perdão e sem o cargo pastoral.
Os escândalos envolvendo púlpitos cristãos nos fazem refletir: que tipo de liderança espiritual temos valorizado? Que tipo de mensagem temos tolerado nos altares?
O evangelho continua sendo o poder de Deus para transformação — mas só quando é pregado com verdade, amor e reverência.